Beber-te e saciar-me,
Arder à flor da pele,
Sacudir a fome de espírito.
Calar o grito interno e gemer o prazer,
Ser dentro de ti,
Purgar os nossos pecados.
Santificar o clímax,
E sacrificar o corpo.
Entre rasgos de roupa,
Semelhantes à pele.
A dor da tesão presa aos movimentos carnais.
Queimando a água do teu corpo,
Suando os nossos demónios,
Sucumbindo às maleitas do nosso querer.
Comer-te a pele,
Devorando-a em cada beijo.
Dizer-te que és bela,
Vendo o que de mais feio há em ti.
Cativar-me sem qualquer receio,
E no fim, sem fugir à bagagem,
Dar-te-ei colo, amor.
Ver-te como um só.
Comer as tuas palavras,
Devorando a tua intelectualidade.
E até mesmo as tuas dores mais cruas.
Amar-te na plenitude.
03/2021