Há partículas soltas pelo ar,
E como as luzes enganam as traças,
Tento não me distrair,
E em vez de me guiar por elas,
Sigo sempre as estrelas.
Porque há constelações inevitáveis,
E talvez, o Universo assim seja,
Inatingível, cheio de pontos de interrogação.
Agarro-me meramente à contemplação.
Sem questionar a visão noturna que nos falta,
Ou, o não ter asas para voar,
Aceito a nossa inquietude,
Sabendo que ela nos faz sentir vivos.