sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Anacronia

Sensação exasperada. 

Modificada e movida pelo júbilo.

Inocência rosa, estreia a curiosidade.


Fantasia, imaginar. 

Riposta positiva.

Utópico futuro contemplado.


Eu. Tu. Jogo anatómico presencial.

Intelectos aguçados, viciados.

Universo conhecido, incerto. 


Egolatria querer ter-te. 

Por detrás de um beijo doce, medo.

Ciclo vicioso, sangue resultado.


Coração caótico, cansado.

Certo, sábio de vida.

Querer do amar, perdoar do passado.


Que permanecerá?

Jogo sujo de paixão juvenil.

Cair em tentação, viver.


Feitiço premeditado, grego.

Humano viciado. 

Sentimento anacrónico.






Versus



Tocar-te por impressões digitais soturnas às minhas,

Imaginar ser lençol onde partilhas a cama com outra.


Cheirar a ilusão dos teus cabelos,

Sentir o pó entre a nossa anatomia, inexistente.


Desejar aniquilar aquilo que deveria estar morto.

O Alzheimer, esse que batalha a memória anciã.


Reviver o anelo do sossego romantizado, 

Aceitar a ausência falecida.


De certo, morrerá. 


Até lá, contemplação.






"More than you could ever believe

No chance you'll find another me
I let you, I let you in
Let you in under my skin."

Acerca de mim

A minha foto
Simples Poetisa, para quem me considera uma mulher que escreve poesia, e também Poeta, pois escrevo de forma a que a expressão literária seja o verso. Na verdade, gosto simplesmente e profundamente de poesia.