segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Viaticum


Com o espaçar das gotas, vejo-me em ti.

Pergunto-me se será possível.

Como decifrar isto, não sei.

Talvez as nuvens nos expliquem como.

 

As pedras gritam por nós,

Em euforia nos chamam.

Para junto de nós vem o sol,

Sorrindo, fazendo esquecer tudo à nossa volta.

 

Como se da perfeição se tratasse.

Que será disto?

Sorrir, novamente.

Talvez não importe nada.

Ou com tudo, o medo venha.

 

As folhas molhadas refletem-nos.

Vozes aquecem o sonho de quem sabe ser verdadeiro.

Talvez esse sonho se torne real e nos trate bem.

Se não, que alguém te trate tão bem, assim como a mim.


A vontade de te prender em mim,

Como cola prendesse o teu corpo ao meu.

O calor emerge pelos poros da nossa vida.


Porque o tempo foge-nos de controle,

Solto como o vento, grunhe.

Num ruído silencioso que me procura.


Intensamente fujo.



Cepticismo



A dúvida faz parte.

Nada em mim é certo.

Tudo em ti parece aberto.

Sem saber do rumo a que poderia levar-nos.

Encontro um sorrir, um sentir que nos enche.

De planos. De sonhos. De medos. De incertezas.

De paixão. De cor. De insegurança. De luta.


Sem saber se em mim existe espaço.

Se em ti existe força para lutar como aço.

Não quero que o mal coabite em nós,

Quero que o sonho nos trate bem.

Encontrei-me em ti e de repente pareceu-me fugir.

De mim. De ti. Do espaço. Do tempo. 

Da chuva. Da dor. Da alegria. Do sorrir.


Como prever o futuro, não existe.

Hipóteses no ar, opções que tomar.

Clareza ao fundo de um túnel triste.

Decifrar este dilema, só o tempo poderá solucionar.


Quero-te bem, quero-me bem.

Que uma vida insignificante se funda e se torna por mais.

Para que um dia possa suspirar de alívio também.

Que tu possas ser feliz e que sofras jamais.



Acerca de mim

A minha foto
Simples Poetisa, para quem me considera uma mulher que escreve poesia, e também Poeta, pois escrevo de forma a que a expressão literária seja o verso. Na verdade, gosto simplesmente e profundamente de poesia.