segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pendência psíquica

Sem saber por onde ando,

Perdida num cheio tão vazio,

Caminho por cimento, mar e terra,

Tentando arrastar as pesadas raízes,

Presas a mim de uma forma inimaginável,

Penetradas em minha pele,

Entrelaçadas aos meus vasos sanguíneos,

Puxando cruelmente pelo meu ser.

Procuro sem respiração a solução,

Entendendo a sabedoria da questão,

Estendo-me sobre o chão desnuda de sentir,

Esperando que a claridade me ilumine,

Luz essa, quente que queima bravura,

Coragem que alarga a fervura.


Levanto-me dos medos,

E sigo caminho,

Enfrento-me e tento,

Encorajo-me e sinto medo.

Gota que caí,

Segregada por uma glândula lacrimal,

Enchendo-me de tal força.

 

Vencer por um instante,

Parece um deserto repleto de vazio,

No eco soa o vento que rasga o meu ser,

Vendo-me estripada de qualquer sentimento,

Inadvertidamente a realidade impõe-se,

E essa que tanto pode atormentar como tranquilizar,

Por fim, com calma sossega-me,

Deixando a ablepsia quebrar-se.


E vejo, diante de mim, o doce sabor de me vencer!


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Acerca de mim

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Simples Poetisa, para quem me considera uma mulher que escreve poesia, e também Poeta, pois escrevo de forma a que a expressão literária seja o verso. Na verdade, gosto simplesmente e profundamente de poesia.