segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Viaticum


Com o espaçar das gotas, vejo-me em ti.

Pergunto-me se será possível.

Como decifrar isto, não sei.

Talvez as nuvens nos expliquem como.

 

As pedras gritam por nós,

Em euforia nos chamam.

Para junto de nós vem o sol,

Sorrindo, fazendo esquecer tudo à nossa volta.

 

Como se da perfeição se tratasse.

Que será disto?

Sorrir, novamente.

Talvez não importe nada.

Ou com tudo, o medo venha.

 

As folhas molhadas refletem-nos.

Vozes aquecem o sonho de quem sabe ser verdadeiro.

Talvez esse sonho se torne real e nos trate bem.

Se não, que alguém te trate tão bem, assim como a mim.


A vontade de te prender em mim,

Como cola prendesse o teu corpo ao meu.

O calor emerge pelos poros da nossa vida.


Porque o tempo foge-nos de controle,

Solto como o vento, grunhe.

Num ruído silencioso que me procura.


Intensamente fujo.



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Simples Poetisa, para quem me considera uma mulher que escreve poesia, e também Poeta, pois escrevo de forma a que a expressão literária seja o verso. Na verdade, gosto simplesmente e profundamente de poesia.